Apopo / Tanzânia – www.apopo.org
O monge budista belga, que treina ratos, acredita que há sempre algo inicial que mobilize as pessoas a se engajarem. Seja um episódio de extrema pobreza ou um grave desequilíbrio. O que ele faz hoje é treinar ratos. Uma das razões é: detectar a turbeculose em amostras de saliva humana de maneira ainda mais rápida e eficiente que os laboratórios convencionais. Outra: descobrir onde há minas terrestres liberando assim enormes áreas de terra antes inutilizadas pelas guerras.
O que faz a Apopo
“Treinar ratos para salvar vidas” é a frase que resume a diretriz da Apopo. A organização social realiza pesquisas, desenvolve e dissemina a tecnologia de detecção por meio de ratos para propostas humanitárias. Registrados como uma ONG na Bélgica, seus escritórios-sede se localizam na Tanzânia. A ONG atualmente emprega mais de 200 pessoas em operações no país e tem mais de 300 ratos em vários estágios de criação, treinamento e implementação para identificação de minas terrestres e o diagnóstico da malária, entre outros projetos.
O que Bart Weetjens diz em Quem se Importa
“Na verdade, o que nós fazemos realmente é empoderar comunidades locais para resolver problemas humanitários de detecção por eles mesmos, independentemente de ajuda estrangeira.”
“Todos os empreendedores sociais, se você perguntá-los, em algum momento da vida – pelo menos todos os que eu conheci até agora – se depararam com injustiça, com pobreza, com um desequilíbrio na sociedade. Por causa desta experiência contrastante, as pessoas realmente começam a se engajar por um objetivo específico”.
“As pessoas simplesmente não acreditavam em mim. Elas apenas riam de mim e da minha ideia maluca. Mas na medida em que fomos progredindo e obtendo evidência científica, testada e certificada, as pessoas passaram a nos levar mais a sério”.